Foi notícia na Voz da Cidade Online (16/06)
Monitores de creche fazem reunião para discutir paridade
Com o anseio de conquistar e readequar sua qualificação no quadro dos
servidores municipais da Prefeitura de Resende, as monitoras de creche,
que desde 2011 a partir de legislação municipal são classificadas como
Educador de Desenvolvimento Infantil, querem equiparação de direitos e
serem consideradas professores de nível I da rede pedagógica municipal.
O questionamento é referente aos benefícios como aposentadoria, carga
horária e recesso de meio de ano, uma vez que também por lei municipal,
elas já têm garantido ao menos a equiparação salarial de professor nível
I.
Nesta segunda-feira, cerca de 40 educadoras participaram de uma reunião com o deputado federal Alexandre Serfiotis (PSD-RJ) e o vereador Kiko Besouchet (PP), no auditório do Edifício Golden Center, no bairro Jardim Tropical.
Desde 2011, os professores que trabalham em creches e eram considerados
monitores no quadro de servidores do município de Resende foram
reclassificados para a função de Educador de Desenvolvimento Infantil,
cuja habilitação é a mesma exigida para função de professor nível I.
antes disso, desde 2007, a lei do Fundeb estipula a creche como etapa da
educação básica infantil e contempla ao profissional todos os
benefícios de um docente o que amplia a reivindicação dos profissionais.
No encontro, elas fizeram apelo aos parlamentares para alteração da
legislação como professor.
O deputado Alexandre Serfiotis
frisou que a Lei do Fundeb instituiu o piso salarial nacional para os
profissionais do magistério público da Educação Básica, que compreende a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Serfiotis
explicitou que a questão deve ser revista pelo Município e propôs que
uma audiência pública entre o governo, ministério público, educadores e
vereadores pode avançar a discussão para que o Município acompanhe a lei
federal do Fundeb. “Ocorre uma distorção dentro do município de
Resende. A Educação Básica é competência do município e tem autonomia
para legislar sobre ela. Desde 2007 o Fundeb considera como professores
os profissionais da Educação Infantil. O Município não pode legislar na
contramão da Constituição Federal. Sugiro que ocorra uma Audiência
Pública convocando o prefeito, Secretaria de Educação, membros do
Ministério Público, os representantes da categoria, os vereadores. E,
assim, a lei municipal possa ser alterada garantindo todos os benefícios
de um professor e não como educadores, monitores. É uma reivindicação
que não é arbitrária. Mas, que como deputado não posso criar uma lei
específica para único município, legislamos para todo o país e por isso,
sugiro a criação de uma audiência pública para expor a reivindicação
aos responsáveis no município. É preciso o entendimento para que sejam
enquadrados como professor nível I e suas mesmas responsabilidades,
carga horária, salário e benefícios”, afirma.
A educadora Isolda Maria, 45, argumenta que a categoria busca as mesmas
condições das professoras de nível I. “Temos em lei a paridade salarial
decretada desde 2011, inclusive com lei do vereador Kiko, que organizou
esta reunião com o deputado Alexandre Serfiotis. Queremos ter os mesmos
direitos dos professores. Buscamos a igualdade e nesta reunião pedimos o
apoio do Alexandre Serfiotis e do vereador Kiko para nos intermediar
junto aos responsáveis”, argumenta.
Segundo o vereador Kiko Besouchet o assunto será proposto como tema de
uma audiência pública. O pedido de convocação deve ser levado em breve,
para a votação em plenário. “A Lei do Fundeb estabelece que os
profissionais de creches e pré-escola que possuem curso de magistério
sejam contemplados com as vantagens e obrigações dos professores. Em
2011 houve a equiparação permitindo melhoria salarial e, agora, lutam
pelos demais benefícios e serem reconhecidas pela prefeitura como
professoras nível I, não educador infantil. Vamos propor uma audiência
e, juntos, tentar com o apoio do prefeito Rechuan levar essa discussão
adiante em favor das quase 200 profissionais da rede pedagógica”, frisa.
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