O
presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Péricles
Nonato, o Cabral, se reuniu na manhã desta quarta-feira (03), com o
deputado federal Alexandre Serfiotis
(PSD). O encontro, que foi realizado na sede da entidade em Barra
Mansa, teve como pauta a proposta de terceirização. Outros pontos
polêmicos que afetam os bancários também foram debatidos, entre eles a
venda do HSBC que pode ocasionar uma concentração das operações
financeiras. A reunião foi acompanhada pelo diretor do sindicato Jones
Rachid. Na avaliação de Cabral, a terceirização causará um impacto
extremamente negativo aos trabalhadores. – A proposta abre um precedente
para a precarização do trabalho. Hoje, no Brasil, os terceirizados
enfrentam situações absurdas quando a empresa contratante fecha as
portas e desaparece deixando dívidas relacionadas aos direitos
trabalhistas – destacou. O presidente disse ainda que a terceirização
generalizada coloca em risco as conquistas das categorias ao longo dos
anos e possibilita a substituição dos empregados diretamente contratados
por terceirizados. “A tendência é de extinção das categorias, redução
de salários e de postos de trabalho”. Durante a reunião, Alexandre Serfiotis
se posicionou favorável à causa dos trabalhadores. – Quero deixar bem
claro que os interesses da classe trabalhadora são as minhas
prioridades. Votei favorável ao substitutivo do texto do PL 4330/04,
entendendo que num país com 12,7 milhões de terceirizados é necessário
garantir a regulamentação jurídica da categoria. Com relação à emenda
aglutinativa número 15, que prevê a manutenção da terceirização para
atividade fim; a quarteirização dos trabalhadores e a ampliação dos
tipos de empresa que podem atuar como terceirizadas votei contrário –
explicou Serfiotis. Na
avaliação do parlamentar a terceirização ainda vai demandar muita
discussão. A proposta está tramitando no Senado Federal. A Casa pode
decidir pela manutenção do texto e remeter o projeto direto para sanção
ou veto da presidente Dilma Rousseff; se optar por modificações, a
proposta retorna à Câmara para nova votação, sem que haja qualquer
alteração no texto e, se rejeita, consequentemente será arquivada.
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