quarta-feira, 24 de junho de 2015

Deputado Alexandre Serfiotis se posiciona.

O deputado Alexandre Serfiotis, é evangélico, mas conscientemente demonstra sua preocupação em relação a intolerância religiosa que vem tomando proporções preocupantes no Brasil.

Leia abaixo a transcrição do discurso do Deputado Serfiotis:



CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 150.1.55.O Hora: 17h00 Fase: GE
Orador: ALEXANDRE SERFIOTIS, PSD-RJ Data: 11/06/2015

Sumário


Solicitação ao Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, de investimentos em mobilidade urbana em Municípios com menos de 50 mil habitantes. Repúdio ao desrespeito a símbolos do cristianismo em ato público realizado pelo movimento LGBT em São Paulo, Estado de São Paulo.



O SR. ALEXANDRE SERFIOTIS (PSD-RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.)
 
"Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados!

Quero parabenizar o Deputado Felipe Maia, do DEM, pelo seu pronunciamento e dizer que, além dos baixos investimentos em mobilidade urbana no nosso País, ficamos muito tristes por não ver investimentos nos Municípios abaixo de 50 mil habitantes. Já conversei com o Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e pedi a S.Exa. que incluísse esses projetos de mobilidade urbana nos Municípios inferiores a 50 mil habitantes, Municípios esses que sofrem e têm os mesmos problemas, nas suas proporções, das cidades grandes.
Bem, não foi sobre isso que eu vim falar hoje aqui. Eu apenas ocupo esta tribuna, hoje, para trazer a minha preocupação com a intolerância. E, quando falo de intolerância, trato de práticas que vêm provocando acirramento de ânimos e radicalismos dispensáveis nos mais diversos setores da sociedade brasileira, hoje.
Sim, é fato que vivemos em um país laico, no qual o Estado não professa nenhuma religião, mas também é fato que um Estado laico garante a liberdade religiosa e respeita todas as religiões, e não apenas aqueles que não possuem religião.
E é exatamente por isso que trago minha profunda tristeza e mais, meu veemente repúdio ao flagrante desrespeito praticado contra a crença religiosa de milhões de brasileiros, que é o cristianismo em suas diversas formas, e divulgado amplamente por todos os meios de comunicação e nas mídias sociais.
Tenho procurado, no exercício deste meu primeiro mandato parlamentar, respeitar todas as posições aqui manifestadas sobre os mais diversos temas, de forma fraternal e sem violentar meus princípios religiosos.
Antes de ser Parlamentar, sou cristão, evangélico, pai de família, cidadão e tenho a obrigação de ocupar esta tribuna, com o poder dos votos que a mim foram confiados, para lembrar às pessoas que protagonizaram atos deploráveis com símbolos sagrados do cristianismo que vivemos em um país no qual os cristãos merecem ser respeitados tanto quanto e da mesma forma que os não cristãos desejam ser.
O fato de a Constituição garantir liberdade de expressão não dá a essas pessoas o direito de afrontar uma profissão de fé milenar. Os atos lamentáveis ocorridos no último fim de semana, na Parada do Orgulho LGBT da cidade de São Paulo, representam mais do que um equívoco comportamental; são, de fato, um grave retrocesso para a luta do movimento LGBT, pois demonstram que parte expressiva desse movimento não pratica o que fala sobre o respeito às diferenças e desacata, de forma vergonhosa, milhões de brasileiros que não pensam como eles.
Democracia compreende o direito de discordar, de levar posições diferentes ao debate, à reflexão, e não se pode usar em vão a palavra liberdade para demonstrações de zombaria contra parcela significativa da nossa sociedade.
A intolerância religiosa deu o tom da manifestação ocorrida em São Paulo e não contribuiu em nada para o debate democrático de temas que são caros aos cristãos e aos não cristãos.
Como cidadão cristão, sinto-me agredido; como Parlamentar, sinto-me na obrigação de não calar diante de tamanha intolerância e desrespeito. Só se colhe o que se planta, e, seguramente, os responsáveis por essa afronta não terão boa colheita política e muito menos social, com esse tipo de comportamento.
Muito obrigado, Sr. Presidente."
 

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