quarta-feira, 4 de março de 2015


Sindicato promove encontro com deputados eleitos pela região

Tema principal da reunião foi a revogação das medidas que reduzem direitos 

do trabalhador

VOLTA REDONDA

A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense se reuniu, no final da manhã
de ontem, com deputados federais eleitos pela região. O objetivo foi buscar apoio da
Câmara dos Deputados e pedir aos parlamentares para votarem contra as medidas
provisórias MPs 664 e 665, que reduzem os direitos dos trabalhadores. Durante a
reunião, realizada na sede da entidade, na Rua Gustavo Lira, no Centro, o
presidente do Sindicato, Silvio Campos, entregou um ofício a cada deputado
e aos representantes dos que não estiveram presentes.
Entre outros, participaram do encontro, empresários e sindicalistas locais, como os
deputados Deley de Oliveira, Alexandre Serfiotis e representantes do também deputado,
Hugo Leal, que não pôde comparecer. Esteve presente também o presidente Câmara de
Volta Redonda, Paulo Conrado, e os vereadores Nenem que representou o prefeito
Antonio Francisco Neto (PMDB), e José Augusto (PDT), como o vice-presidente do
Sindicato, Renato Soares.
O sindicalista Silvio Campos abriu o encontro declarando que ações como essa
estão acontecendo em todo o País com a finalidade de lutar contra as medidas anunciadas
pela presidente Dilma Rousseff. O sindicalista admitiu ter apoiado a reeleição da
presidente, mas deixou claro que já está arrependido, já que ela vem tentando tirar os
principais direitos conquistados pela classe trabalhadora.
O presidente do Sindicato declarou ainda que, o Brasil precisa de justiça social, mas não
deve ser o trabalhador a pagar essa conta. “É uma sacanagem o que a presidente quer fazer
com o trabalhador. Por isso, nos reunimos com os deputados eleitos pela nossa região para
que atendam o apelo da população e rejeitem as medidas anunciadas. Esperam que as
medidas não passem pela Câmara dos Deputados, pois os trabalhadores são os que irão
sofrer. É uma sacanagem muito grande que a presidente está fazendo com a população
após ser reeleita”, destacou.
IMPORTANTE INICIATIVA
Segundo declarou o deputado Alexandre Serfiotis, a iniciativa do Sindicato é importante
ainda mais em um momento difícil para do País. É difícil ver tais ações da presidente
contra a população depois de ser reeleita. Ela está, na verdade, empurrando uma conta
para o trabalhador que é dela. “Somos contra as medidas provisórias do governo
e já apresentamos sete emendas. As emendas já foram protocoladas e garanto que vamos
lutar para preservar os direitos conquistados pelos trabalhadores. A presidente está
atropelando tudo, mas hoje existe uma Câmara onde a democracia reina. Com isso, somos
livres para fazer o que achar melhor para a população”, discurso o deputado.
O deputado Deley também criticou as ações da presidente Dilma. Lembrou que, deve
haver responsabilidade para defender os lados, dos trabalhadores e dos empresários.
Lembrou que a intenção deve ser lutar pela injustiça social olhando para a classe
trabalhadora e também para a empresarial que é responsável para gerar emprego com
salário decente. “Temos responsabilidade e compromisso com o povo. Só não queremos
uma crise institucional no Brasil. Sabemos que o país já passou por momentos difíceis
e custou recuperar a democracia. Hoje, estamos caminhando para isso. Por isso,
devemos ter responsabilidade”, esclareceu o parlamentar, lembrando que se fala
muito em reforma política, mas o que o País está vivendo hoje é mais parecido com uma ditadura.  
Para o vereador Nenem, o que a presidente Dilma está tentando fazer é uma grande
aberração. Disse ainda que ato como esse é importante para que os depurados não
aprovem as medidas. Admitiu que, ajudou na reeleição da presidente e agora está
preocupado com o que ela está fazendo. “É complicado assistir a isso tudo. É preocupante
 e triste em ver o que ela está fazendo”, declarou.
O vereador Conrado lembrou que, trata-se de um momento especial pelo qual passa o Brasil
e por isso é necessário unir forças e lutar contra as medidas que irão prejudicar a
classe trabalhadora. “Os deputados não deve aprovar as medidas e lutar a favor
dos trabalhadores. É uma batalha difícil, mas que deve continuar”, disse. O vereador
José Augusto também falou sobre as medidas. Disse que os deputados da região devem
votar contra as medidas na defesa do povo.
No final da reunião, o presidente do Sindicato entregou uma placa de homenagem a
cada deputado e aos representantes dos parlamentares não presentes e do prefeito Neto.
AS MEDIDAS PROVISÓRIAS: Seguro-desemprego
- Antes era necessário trabalhar pelo menos seis meses para poder requisitar o benefício
- Agora esse tempo passou a ser de 18 meses na primeira vez em que é feito o pedido e
12 meses na segunda. Na terceira, o período permanece em seis meses
Abono salarial
- O beneficiado passa a ter de trabalhar seis meses sem parar no ano. Até agora, era
preciso apenas um mês de trabalho no ano
- O valor do benefício  passa a ser proporcional ao tempo de trabalho, como no 13º, e
não mais um salário mínimo integral
Auxílio doença
- O valor passa a ser uma média das últimas 12 contribuições. Antes era 91% do
salário do segurado, limitado ao teto do INSS
- As empresas passam a ter de pagar o custo de 30 dias de salário antes do INSS
assumir a responsabilidade pelo valor. Até agora, esse prazo era de 15 dias
Pensão por morte
- Antes todas as pensões eram vitalícias, mas agora viúvos e viúvas com menos de
44 anos receberão por período determinado
- O segurado do INSS precisa ter contribuído 24 meses para que seus dependentes
tenham direito à pensão. Antes, não havia número mínimo
- O benefício deixa de ser pago depois que o dependente completar 21 anos. Até agora,
ele era repassado à viúva ou ao viúvo
- Será pago metade do valor da aposentadoria, mais 10% para cada dependente até
atingir o valor integral. Ninguém receberá menos do que 60%, já que o cônjuge é
considerado um dependente. Valor não pode ser menor ao salário mínimo. Antes era 100%.


Reportagem duplicada do Jornal A Voz Da Cidade

Fonte: http://avozdacidade.com/site/noticias/economia/40978/

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